8 de novembro de 2022
das 14h às 16h
Desde 1930, já encontrávamos tirinhas em jornais e revistas e foi, a partir de 1939, que surgiu a primeira revistinha de história em quadrinhos. Tornou-se um gênero textual muito utilizado para desenvolver o imaginário da criança e, assim, incentivar o hábito de leitura. Histórias em Quadrinhos, ou simplesmente HQs, são textos em que encontramos a linguagem visual complementada pela linguagem escrita. Sua estrutura é por meio de pequenos quadros, nos quais as imagens e possíveis falas se relacionam através de tempo-espaço no texto. Esse gênero textual tem sido muito explorado no ambiente escolar em livros didáticos, avaliações, provas de concursos etc. Por se tratar de um material extremamente imagético, cuja interpretação do conteúdo, muitas vezes, ocorre por meio da combinação entre linguagem verbal e não verbal, tornou-se um dos muitos desafios que o professor enfrenta ao ter de trabalhar em sala de aula em que há alunos com deficiência visual (cego ou com baixa visão), porque, para torná-las acessíveis, é preciso passar pelo processo de adaptação. Sendo assim, esta oficina “Adaptação de História em Quadrinhos” se propõe a apresentar ao profissional da educação que atua na área da deficiência visual os critérios estabelecidos pelas Normas Técnicas de Produção de Textos em Braille e pelo Manual de Adaptação de Textos em Braille, mostrando como devem ser aplicados para que a pessoa com deficiência visual possa ter acesso a mesma informação que o vidente, dando-lhe a possibilidade de fazer suas próprias inferências. Para tanto, serão apresentados os critérios, aplicados a exemplos extraídos de livros didáticos e, em seguida, para colocá-los em prática, serão distribuídas HQs, no formato de tirinhas, para que elaborem adaptações. Dessa forma, acredita-se que esta oficina possa contribuir para a formação dos profissionais da área e, consequentemente, promover a inclusão da pessoa com deficiência visual, trazendo-lhe a possibilidade de também desenvolver o imaginário e o hábito de leitura por meio das HQs.
Palavras-chave: Adaptação. História em Quadrinhos. Deficiência visual.
A inclusão de estudantes com Deficiência Visual é um desafio para os professores do ensino regular, bem como, para os que atuam no Atendimento Educacional Especializado, principalmente na etapa da alfabetização, uma vez que o ensino do Sistema Braille ainda é a única forma de alfabetizar um estudante cego. Desta forma, preocupada com o fenômeno da desbrailização e com a necessidade de melhoria do processo da alfabetização de forma inclusiva de estudantes com deficiência visual, em 2018, a Fundação Dorina Nowill para Cegos (FDNC), em parceria com a Fundação LEGO, lançou o recurso LEGO Braille Bricks (LBB), um brinquedo com objetivo de educar, alfabetizar e divertir de forma inclusiva. Nessa versão, os pontos em relevo nas peças do LBB representam o alfabeto, números, letras acentuadas e sinais matemáticos em braille e seus correspondentes em tinta. Os kits do LBB são doados para as escolas da rede pública de ensino das Secretarias Municipais de Educação que fazem parceria com a FDNC. Além da distribuição dos kits do LBB, também é feita a formação on-line de educadores para uso desse recurso. Para isso, a FDNC fez uma parceria com o Centro de Promoção para Inclusão Digital, Escolar e Social (CPIDES), da Universidade Estadual Paulista, Unesp. Diante dos resultados alcançados e da experiência vivenciada pelos professores participantes do Programa Braille Bricks Brasil, o objetivo da oficina é divulgar o LBB como um recurso pedagógico capaz de desenvolver com todos os estudantes os seguintes aspectos: a) sociais: interação de crianças com e sem deficiências; b) psicomotores: lateralidade, noção espacial, noção temporal, coordenação motora fina e motricidade; c) cognitivos como atenção, concentração, raciocínio lógico e memória. Tais aspectos favorecem o aprendizado do Sistema Braille de forma lúdica, criativa e inclusiva durante o processo de pré-alfabetização, alfabetização e letramento em língua Portuguesa e Matemática de crianças com e sem deficiência visual a partir de 4 anos. Para o professor da sala comum o LBB possibilita que a mesma atividade seja realizada por crianças com e sem deficiência visual, além disso é possível corrigir a atividade, sem necessidade imediata da participação do especialista em DV. O LBB é um recurso que possibilita ao professor trabalhar com infinitas possibilidades para o reconhecimento das letras e dos números de forma tátil e visual. A oficina será desenvolvida com por meio de atividades práticas com o uso do LBB tendo como início a apresentação de um breve histórico do referido programa. Todos os participantes serão divididos em quatro grupos de cinco pessoas cada e acompanhados pelos mediadores.
Palavras-chave: LEGO Braile Bricks. Atendimento Educacional Especializado. Deficiência visual. Inclusão.
Objetivos gerais: oferecer informações a professores, familiares e profissionais a respeito da utilização dos símbolos tangíveis sob o viés da comunicação social háptica. Objetivos específicos: a) oferecer informações conceituais a respeito da comunicação social háptica e dos símbolos tangíveis; b) oferecer oportunidades práticas para que os cursistas executem de forma prática a comunicação social háptica e a elaboração de símbolos tangíveis. A percepção háptica relaciona-se com o sentido do tato, particularmente com a capacidade de discriminar informações e reconhecer objetos por meio do tato e sem a utilização do olhar. Por sua vez, a comunicação social Háptica refere-se a todas as mensagens recebidas por meio do toque entre duas ou mais pessoas em um contexto social e se constituem por haptemas, ou seja, por elementos gramaticais. Dessa forma, a comunicação social háptica é regida por uma estrutura linguística que oferece maior qualidade de informações em tempo real às pessoas com surdocegueira congênita e adquirida. De acordo com as diretrizes internacionais os sinais sócio-hápticos devem ser realizados em zonas neutras do corpo da pessoa com surdocegueira congênita, tais como: as costas, braços, ombros, dorso e palmas das mãos, área lateral das pernas e área superior do joelho. Nesse cenário, a comunicação também é chamada de exploração háptica e inclui a exploração ativa de objetos pelas mãos ou pelos pés. Acredita-se que estas formas de comunicação podem beneficiar tanto pessoas com surdocegueira, como pessoas com deficiência visual associada a outras deficiências. Por isso, a utilização de símbolos tangíveis, sob a perspectiva da comunicação social háptica, pode favorecer tanto a comunicação receptiva quanto expressiva destas pessoas. Os símbolos tangíveis são objetos reais inteiros ou parciais afixados em cartões que podem ser facilmente manipuláveis e apresentam uma relação clara com seus referentes. Metodologia: as aulas serão teóricas com exposição verbal dos conteúdos e também serão práticas para que os cursistas tenham oportunidades de executar a comunicação social háptica e a elaboração de símbolos tangíveis.
Palavras-chave: Comunicação Social Háptica. Símbolos Tangíveis. Surdocegueira. Deficiência Visual Associada a Outras Deficiências.
O Braille, sistema de leitura e escrita utilizado por pessoas cegas, contribuiu e contribui para a autonomia desse grupo de indivíduos e até hoje não conseguiu ser substituído por outro método de alfabetização de crianças com esta deficiência, sendo, por isso, de suma importância para a inclusão das pessoas cegas e para o pleno exercício de sua cidadania. Dessa forma, os objetivos desta oficina são apresentar o Sistema Braille e discutir a sua relevância na emancipação da pessoa com deficiência visual, a partir de um breve histórico de sua criação e utilização, além de abordar sua lógica de estruturação e funcionamento. A oficina é voltada notadamente para interessados em conhecer o braille com pouco ou nenhum conhecimento a respeito – uma vez que se trata de uma oficina introdutória. Do ponto de vista teórico, apoia-se, em primeiro lugar, no aparato legislativo vigente que garante às pessoas com deficiência o direito à educação, à informação e à cultura – notadamente a Lei Brasileira de Inclusão –, além de mobilizar publicações que estabelecem as diretrizes para a produção de textos em braille, como a Grafia Braille para a Língua Portuguesa e as Normas Técnicas para a Produção de Textos em Braille. Assim, espera-se institucionalmente com esta oficina contribuir para a difusão do Sistema Braille, ao mesmo tempo em que ocorre a sensibilização dos participantes no que diz respeito à importância deste método de leitura e escrita para as pessoas cegas, resultado que dialoga diretamente com a missão e as competências regimentais do IBC. Como metodologia, além das aulas expositivas dialógicas sobre a origem e a relevância do braille, será apresentado o instrumental necessário para a escrita e haverá a realização de exercícios práticos com reglete e punção que levem os participantes ao reconhecimento dos pontos, de suas posições na cela e das 10 primeiras letras do alfabeto, oportunizando a escrita e a leitura de palavras que as incluam.
Palavras-chave: Sistema Braille. Leitura e Escrita. Deficiência Visual. Inclusão.
O ensino de Matemática tem sido, por muito tempo, uma das maiores dificuldades tanto para professores quanto para os estudantes. É muito comum observar, entre eles, a discussão de como a disciplina é “difícil de entender, abstrata e sem sentido”. Naturalmente, tais dificuldades podem decorrer de inúmeras ações pedagógicas. Nesse sentido, o método Gelosia, que consiste em uma técnica de multiplicação quando se tem dois ou mais algarismos no multiplicador, pode ser uma alternativa para auxiliar no processo de ensino da multiplicação. Assim, o objetivo da oficina é apresentar aos participantes o Gelosia adaptado, uma vez que o método como se apresenta em sua originalidade, é na forma de um desenho planificado, com tantos quadrados quantos forem a quantidade de algarismos para o multiplicando e multiplicador, em que suas diagonais são marcadas, dificultando assim a utilização para o estudante com deficiência visual. Então, para que tal método seja utilizado, é necessário se fazer uma adaptação para 3D, criando uma situação concreta de modo que o estudante cego possa manipular e também ter acesso à leitura dos números no Sistema Braille. O material além de servir como um facilitador para cálculos da multiplicação, pode também servir como uma ferramenta no auxílio da memorização da tabuada, além de ser um algoritmo alternativo lúdico. Vale a pena reescrever a fala de Rubem Alves, quando afirma que a tarefa primordial do professor é: “seduzir o aluno para que ele deseje e, desejando, aprenda”. Desse modo, a oficina pretende, além de apresentar o método e possibilitar que os oficineiros aprendam como adaptá-lo, sensibilizá-los sobre a importância do uso de atividades baseadas na ludicidade, assim como jogos e recursos didáticos mais atrativos, para que os estudantes tenham a oportunidade de contextualizar os conteúdos e alimentar suas curiosidades, despertando-lhes o desejo de aprender.
Palavras-chave: Método Gelosia. Ensino de Matemática. Material Didático Adaptado. Deficiência Visual.
A oficina “Produção de modelos didáticos táteis de sistema reprodutor humano para professores de Ciências e Biologia” será oferecida na modalidade presencial e surgiu da inquietação das proponentes em produzir e oferecer materiais didáticos adaptados de qualidade para os estudantes deficientes visuais que atendem em sua prática profissional. Um dos grandes desafios da atuação dos docentes de Ciências e Biologia é a inclusão dos estudantes deficientes visuais, de forma a terem acesso em iguais condições aos conteúdos abordados na disciplina quando comparados aos estudantes videntes. A abordagem tradicional dos conteúdos biológicos usa de muitos recursos visuais e imagéticos, ampliada pela utilização dos aplicativos de realidade aumentada e em 3D. Aliado a este fato, a aquisição dos modelos didáticos táteis comerciais tem custo elevado, tornando-se inviável para a maioria das instituições de ensino e docentes. Dentre os temas que chamam a atenção dos estudantes no ensino fundamental e no ensino médio, a anatomia humana se destaca. A oficina aqui proposta tem como objetivo produzir, em conjunto com professores de Ciências e Biologia participantes, modelos didáticos bi e tridimensionais de sistema reprodutor humano. Esses recursos são construídos de forma artesanal com materiais de fácil acesso como isopor, biscuit, palitos, linha, cola, conduit, EVA, dentre outros. Os materiais anteriormente citados irão representar as diferentes estruturas anatômicas, considerando seus formatos e buscando significados táteis distintos. A atividade será iniciada com uma apresentação teórica sobre os critérios básicos a serem considerados na produção de modelos didáticos táteis produzidos para o uso de estudantes deficientes visuais. Serão apresentados os modelos de espermatozoide, ovócito, ovário com folículos em diferentes estágios de amadurecimento, sistema reprodutor masculino e feminino. Os participantes receberão uma apostila com instrução para a produção de todos os modelos apresentados e produzirão o modelo de espermatozoide tridimensional durante a oficina. Todo o material para a produção do espermatozoide será disponibilizado pelas proponentes e os participantes poderão levá-lo para utilização na sua prática pedagógica. As proponentes esperam que a oficina sirva como espaço de troca de experiências, incentivo e inspiração para a produção de outros materiais adaptados e modelos pelos participantes de forma a atuar na inclusão dos estudantes deficientes visuais, despertando nestes o interesse na Biologia.
Palavras-chave: Modelos didáticos. Materiais adaptados. Biologia. Ciências. Sistema Reprodutor humano. Anatomia humana.
Oficina presencial sobre o sistema Ritmáximo, software gratuito com interface semelhante à do sistema DOSVOX e criado para aprimorar os conhecimentos musicais de crianças e adolescentes com deficiência visual. Apesar de apresentar similaridade com o DOSVOX, o Ritmáximo traz a vantagem de atender especialmente a indivíduos com deficiência visual não-letrados e/ou que ainda não saibam digitar em teclados de computadores, pois seu manejo se faz possível com o domínio de pouquíssimas teclas desses dispositivos, não exigindo nunca que o usuário precise escrever palavras, por exemplo. Tal característica coloca o produto – que tem o IBC como um de seus titulares – em um lugar importante dentre as ações de musicalização inclusiva em nosso país. Os objetivos da oficina são: narrar o histórico do produto; mostrar como instalá-lo em computadores; expô-lo em funcionamento; mostrar como dominar de maneira segura a manipulação e a navegação pelas diferentes seções de bibliotecas e jogos; sugerir formas de utilização do sistema em sala de aula e em residências; e esclarecer eventuais dúvidas e/ou curiosidades sobre o programa. O Ritmáximo tem como base teórica o sistema “C(L)A(S)P”, do educador inglês Keith Swanwick, que aponta como pilares de uma educação musical eficiente e completa o estudo e a prática dos itens “composição”, “literatura”, “apreciação”, “técnica” e “execução”. Os inscritos terão computadores e vendas à disposição. Inicialmente, haverá a explicação sobre o o sistema; em seguida o momento prático, no qual todos poderão manipular o programa com os olhos vendados e vivenciar a experiência de uma pessoa cega junto ao mesmo; na sequência serão dadas as sugestões de uso e, por fim, uma breve roda de conversa para o esclarecimento de dúvidas e o compartilhamento das impressões de todos os participantes.
Palavras-chave: Ritmáximo. Software gratuito. DOSVOX. Musicalização inclusiva.
9 de novembro de 2022
das 14h às 16h
Este resumo tem como intenção apresentar uma proposta de oficina, na modalidade presencial, cujo tema versará acerca da prática no uso de aplicativos para dispositivos móveis com acessibilidade para pessoas com deficiência visual (PcDV). Os objetivos da oficina são apresentar aplicativos de dispositivos móveis acessíveis para PcDV, sejam eles nativos ou oriundos da loja de aplicativos; orientar, de forma introdutória, a utilização destes aplicativos e enfatizar a importância da acessibilidade em recursos de tecnologia digital para a autonomia da PcDV. Os aspectos teóricos que embasam o tema se referem às questões empíricas no uso de tecnologias digitais, a promoção da autonomia da PcDV através de sua inserção no mundo digital, sobretudo através dos dispositivos móveis e a Tecnologia Assistiva como área de conhecimento. Como referência nacional na Deficiência Visual, o Instituto Benjamin Constant, através desta oficina, pode contribuir significativamente para os estudos e aplicações práticas acerca do uso de tecnologias digitais acessíveis por e para PcDV, bem como oferecer formações complementares em Tecnologia Assistiva e Tecnologias Educacionais. A metodologia a ser utilizada durante a oficina é expositiva, no que se refere às nomenclaturas e características gerais de cada aplicativo e prática, em relação ao uso das ferramentas, contando com a instalação e execução de tarefas utilizando os mais diversos recursos apresentados, dentro das possibilidades dos participantes.
Palavras-chave: Acessibilidade. Aplicativos. Dispositivos móveis. Deficiência visual.
Para o professor que trabalha com estudantes com deficiência a realidade das pessoas com baixa visão torna-se um desafio a mais a ser vencido. Como o processo de aprendizado do uso funcional da visão ocorre por meio das experiências, é fundamental que a escola propicie a este sujeito oportunidades para utilizar sua “visão preservada” (FIGUEIREDO, p. 30, 2022) e assim ‘enxergar o mundo” de forma mais efetiva. (BRUNO, 1999); (VIANNA E RODRIGUES, 207); (HADDAD et al., 2010); (FIGUEIREDO, 2012); e (FIGUEIREDO, 2022). Neste sentido, baseados na busca pelo melhor uso desta visão preservada, propomos uma oficina presencial no I Congresso internacional do Instituto Benjamin Constant, na qual iremos conceituar baixa visão, apresentar os diferentes recursos ópticos, não-ópticos e eletrônicos e desenvolver com os participantes uma experiência sensorial/visual com a utilização de diferentes simuladores de patologias de demonstram como uma pessoa com baixa visão enxerga: afetando a transparência dos meios ópticos, do campo visual central e do campo visual periférico. A partir desta experiência os participantes terão a oportunidade de compartilhar a experiência do “enxergar o mundo” como se tivessem baixa visão, contribuindo para o processo de entendimento da visão de seus estudantes reais, podendo assim, contribuir para as estratégias que possam adotar com eles em suas escolas ou salas de recursos multifuncionais.
Palavras-chave: Educação Especial, Atendimento especializado, Baixa Visão.
Compreender os símbolos escritos de leitura e escrita e observar adultos e outras crianças lendo e escrevendo não é facilmente alcançado por crianças com deficiência visual. A deficiência visual afeta diretamente a observação do processo de leitura e escrita, os quais são essenciais para a aquisição de habilidades de alfabetização. Por esta razão, é importante propiciar materiais, estratégias e experiências significativas que favoreçam a compreensão de conceitos por estas crianças. Objetivos gerais: conceituar a deficiência visual (cegueira e baixa visão) e apresentar considerações a respeito da pré-alfabetização de alunos com deficiência visual. Objetivos específicos: a) apresentar opções de materiais, e atividades que favoreçam a pré-alfabetização de alunos com deficiência visual; b) propor uma oficina para a elaboração de materiais voltados para a pré-alfabetização destes alunos. Metodologia: a oficina foi estruturada em dois momentos. Primeiramente, exposição conceitual a respeito do conteúdo e em seguida, momento de prática para que os cursistas elaborem materiais. Nesse segundo momento serão apresentados materiais utilizados na pré-alfabetização no sistema braille, como cela braille com materiais sustentáveis, grãos para trabalhar coordenação motora fina e o movimento de pinça, treinamento para o uso do punção com isopor e esponja, utilização de embalagens para identificação de letras e fonemas, papéis diversificados para a coordenação motora, tela de desenho, massinha de modelar, jogos para trabalhar a lateralidade, jogos de encaixe (lego) e texturas diferenciadas. Para a construção do material pelos cursistas será proposto a cela braille com materiais sustentáveis, como embalagens, caixa de ovo, caixa de sapato cada cursista irá construir o seu material.
Palavras-chave: Deficiência Visual. Pré-alfabetização Braille. Experiências Significativas.
O soroban é um aparelho que possibilita a qualquer pessoa fazer cálculos com agilidade. É muito usado por japoneses para estimular, principalmente as crianças, a desenvolverem atenção, raciocínio lógico e coordenação motora fina. No Brasil, o aparelho foi adaptado por Joaquim Lima de Moraes para o manuseio das pessoas cegas afim de facilitar as operações matemáticas. O soroban não tem origem definida, porém acredita-se ter ido da China para o Japão, onde se difundiu entre a população. Passou por grandes mudanças, a principal delas foi a operação dos números na base dez, pois os chineses trabalhavam com outras bases. Os objetivos da oficina são abordar um pouco da história, escrita e leitura de números e introduzir junto aos participantes pequenos cálculos, de adição e subtração. A “Metodologia: Maior Valor Relativo” pode causar estranheza para as pessoas que iniciam o aprendizado, mas, em pouco tempo, os aprendizes adquirem desenvoltura no manuseio do aparelho. Ela é a principal metodologia usada no Instituto Benjamin Constant (IBC), que oferece cursos de soroban nas metodologias de “Maior Valor Relativo” e “Menor Valor Relativo”. Como base teórica para a oficina, serão mobilizados os materiais da instituição utilizados nos cursos de aperfeiçoamento, que são o “Técnicas de Cálculo e Didática do Soroban – Método Oriental: Maior Valor Relativo” e o “Técnica de Cálculo e Didática do Soroban – Método Ocidental: Menor Valor Relativo”, encontradas no site do IBC. A oficina será realizada de forma presencial, com atividades práticas, e pretende, ao longo de seu desenvolvimento, mostrar que, ao usar o soroban em uma turma com alunos incluídos, é possível ensinar a todos sem distinção.
Palavras-chave: Soroban. Cálculo. Pessoa Cega.
O objetivo desta oficina é oferecer aos participantes noções básicas sobre como realizar o atendimento educacional especializado para os estudantes com deficiência visual. É sabido que ao longo da trajetória educacional, o atendimento aos estudantes com deficiência requer adequações em vários aspectos, considerando a especificidade de cada indivíduo. No que concerne aqueles com deficiência visual, de acordo com a fase do processo ensino aprendizagem, essas adaptações poderão ocorrer desde pequeno porte, como luminosidade do ambiente, tamanho de letras, recursos e estratégias como as tecnologias assistivas, dentre outras, ou a de grande porte, como por exemplo a flexibilização curricular. Diante do exposto, a presente oficina se justifica, tendo em vista que pretende-se propiciar aos participantes o acesso a vários procedimentos e estratégias que podem ser adotadas no atendimento educacional especializado aos estudantes com deficiência visual, tornando acessível sua trajetória formativa e corroborando com o que preconiza a legislação brasileira que versa sobre a educação inclusiva. Serão discutidos alguns textos que abordam a temática por meio de exposição dialogada; será realizada a prática com os participantes através de experiências propiciadas para cada oficinista e a apresentação das tecnologias assistivas voltadas para o uso das pessoas com deficiência visual.
Palavras-chave: Atendimento Educacional Especializado. Deficiência Visual. Inclusão.
Oficina de Materiais Táteis: 100 anos de arte moderna brasileira. Seu objetivo é trabalhar os cem anos de modernismo brasileiro de forma acessível, promovendo a produção de Tecnologia Assistiva, com materiais simples: imagens impressas em folha canson A4, linha e cola. Tecnologia Assistiva - TA é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida independente e inclusão (BERSCH & TONOLLI, 2006). Desta forma, num primeiro momento iremos conhecer os tipos de TA, e depois na prática criar “elementos” com esses materiais. As obras de artes escolhidas são de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Inácio da Costa Ferreira, impressas em tinta, iremos criar os contornos e relevos com cola e linhas de diversas texturas e tamanhos. Para finalizar um debate sobre a importância de ensinar arte para pessoas com deficiência visual e mostrar como escolas, museus e centros culturais podem adaptar materiais para esse público. Visitar um museu, uma exposição ou mesmo uma aula de arte é direito de todas as pessoas, e ser capaz de ler os “símbolos” das imagens, vai muito além da audiodescrição, pois a percepção tátil para a pessoa com deficiência visual é essencial na contribuição da descrição imagética. Ser capaz de ler os símbolos de uma exposição é uma conquista arbitrária ligada a uma formação social de expressão que pode incluir ou excluir pessoas. Canclini (1999) afirma que não basta os museus serem gratuitos e abertos, é necessário que eles se articulem com as demais desigualdades para serem apreendidos por todos.
Palavras-chave: Tecnologia Assistiva. Deficiência Visual. Arte Moderna. Cultura.
A oficina será desenvolvida presencialmente de forma expositiva, com vivências corporais e discussões sobre como lidar com a pessoa com deficiência visual. O tema proposto orientação e mobilidade no rompimento de barreira traz a luz as discussões sobre barreiras enfrentadas pelas pessoas com deficiência visual em seus cotidianos. Tais discussões são muito importantes para incentivar a interação e inclusão da pessoa com deficiência visual em ambientes do dia a dia. A visão é um importante canal sensorial, pois é por meio dela que o indivíduo capta informações próximas e distantes a sua volta e as organiza no cérebro com as informações captadas pelos outros órgãos do sentido. A falta ou diminuição da visão, pode acarretar perdas funcionais importantes, caso não tenha uma estimulação adequada e direcionada às necessidades específicas durante o seu desenvolvimento. Conforme documento publicado pelo MEC em 1995 (BRASIL, 1995) e ratificado em 2001 (BRASIL, 2001) o conteúdo de Orientação e Mobilidade (OM), faz parte da complementação curricular específica da educação do aluno com deficiência visual. A OM, integra o processo de aprendizado da pessoa com deficiência visual e pode ser definida como um conjunto de técnicas utilizadas pelas pessoas com DV para caminharem com autonomia, independência e segurança, utilizando as pistas sensoriais e os pontos de referência presentes no ambiente (RIBEIRO, 2021). Giacomini a define como “mover-se de forma orientada, com sentido e direção, utilizando-se de várias referências como pontos cardeais, lojas comerciais, (...) para chegar ao local desejado” (GIACOMINI, 2008). A OM é fundamental para a interação do indivíduo com o ambiente. Pode ser a conquista da autonomia e um dos caminhos para a independência. Quanto mais pessoas conhecerem condutas e procedimentos adequados em relação à OM, mais naturalidade teremos no convívio com as pessoas deficientes visuais. É desta forma que compreendemos e contribuímos para o processo de transformação e inclusão social.
Palavras-chave: Deficiência Visual. Orientação e Mobilidade. Inclusão.
8 de novembro de 2022
das 14h às 16h
Esta é uma proposta de oficina presencial que tem como temática a acessibilidade digital para pessoas com deficiência visual. Durante a pandemia da covid-19, nos vimos forçados a transferir inúmeras atividades, entre elas as escolares, para ambientes virtuais de interação. Nesse processo, ferramentas online de reunião, assim como de produção e compartilhamento de conteúdo, foram essenciais para a realização dessas atividades. Além disso, mesmo com o retorno às atividades presenciais, incorporamos a utilização dessas ferramentas em nossas atividades diárias. Pessoas com deficiência visual podem e devem utilizar essas ferramentas, mas é preciso ter em conta questões de acessibilidade envolvidas nesse uso. Tais questões envolvem os recursos de acessibilidade das próprias ferramentas e sua interação com recursos de tecnologia assistiva, sem deixar de lado o componente humano envolvido nas interações. Assim, a oficina tem como objetivo apresentar e discutir recursos de acessibilidade presente nas principais ferramentas Google utilizadas em computadores e notebooks. A atividade contará com um momento expositivo, no qual algumas questões relativas à acessibilidade digital serão apresentadas e um momento prático, onde os participantes terão a oportunidade de testar e praticar o uso das ferramentas apresentadas por meio de recursos de tecnologia assistiva, de acordo com os recursos dos participantes. Com esta oficina, pretendemos divulgar e ampliar o alcance das ações de extensão promovidas pelo Grupo de Pesquisa Tecnologia Educacional e Deficiência Visual do Instituto Benjamin Constant, além de discutir a importância do acesso às tecnologias digitais da informação e comunicação como ferramenta de autonomia no acesso à informação e de interação nos ambientes digitais por parte de pessoas com deficiência visual.
Palavras-chave: Acessibilidade digital. Tecnologia digital. Tecnologia Assistiva. Ferramentas Google. Deficiência visual.
Repensar las prácticas docentes en una escuela para estudiantes con discapacidad visual y múltiple (DM/DV), ubicada en Mendoza, Argentina, lleva a reflexionar sobre la importancia de un abordaje en espiral posibilitando que los estudiantes con DM/DV aprendan. Partiendo del cuerpo, como un cuerpo que construimos, desde el que nos construimos, cuerpo que somos. El cuerpo, donde se articulan y se expresan múltiples y complejos sistemas que interactúan, no puede entenderse fuera de la historia personal y social de cada sujeto. Toda actividad humana es esencialmente psicomotriz y en su puesta en marcha se articulan diferentes sistemas anatomo-neurofisiológicos, psicológicos y sociales de gran complejidad que determinan una particular manera de ser y estar en el mundo, de relacionarse con la realidad y con los otros para satisfacer las necesidades biológicas, culturales, espirituales y sociales. Los desafíos que presentan los estudiantes con discapacidad múltiple/discapacidad visual de esta institución todos los días, motiva a analizar continuamente las prácticas educativas para dar respuestas creativas. Desde la actividad docente, a través de la elaboración de un currículo significativo, que implica brindar la posibilidad de tener una Buena Calidad de Vida que les permita: Vivir (ser independiente), Amar (establecer relaciones sociales significativas), Trabajar (tener una actividad significativa), Jugar (disfrutar del ocio), Ser Significativo enseñando conceptos o habilidades, principalmente comunicativas, que los estudiantes pueden incluir en sus rutinas y actividades de la vida diaria, crear oportunidades para la interacción social y la amistad, ayudar a adquirir independencia, incluir actividades motivadoras, enseñar en entornos naturales y de manera holística. Otro aspecto fundamental de un curriculum significativo es tener contenidos especializados y asignaturas académicas: Con áreas curriculares especializadas como parte de un Currículo Expandido, además de las áreas académicas alineadas con el Diseño Curricular. El qué enseñar, no es una decisión individual del docente, sino que posee un marco de saberes socialmente significativos, entrelazando, las necesidades de la persona y el contexto de apoyo para el acceso al conocimiento. A partir de ello, la presentación de este taller estará estructurada por la intervención de profesores de una institución especializada con experiencia en el área de DM/DV con apoyo de diapositivas, videos, imágenes, con espacio para aportes y preguntas de los suscriptores.
Palavras-chave: DISCAPACIDAD MÚLTIPLE - PRÁCTICAS - CUERPO COMUNICACIÓN - CURRÍCULO – ALINEACIÓN
9 de novembro de 2022
das 14h às 16h
Esta oficina será na modalidade remota e tem como temática a “o atendimento educacional ao aluno com deficiência visual no ensino regular: diálogos para práticas pedagógicas inclusiva”. Como problemática levantam-se os seguintes questionamentos: de que maneira tem sido realizado o atendimento educacional para alunos com cegueira e baixa visão nas salas comuns de modo a repercutir em práticas pedagógicas inclusivas? Como os alunos com deficiência visual tem tido acesso aos conteúdos dos componentes curriculares que tem contribuído com a adoção de práticas pedagógicas inclusivas? Como tem acontecido o desenvolvimento das práticas docentes na sala de aula regular para que o aluno com deficiência visual de fato tenha acesso a aprendizagem? De que forma realizar um atendimento educacional para que o aluno com deficiência visual aprenda os conteúdos complexos dos componentes curriculares e os professores tenham o suporte necessário para fomentar práticas pedagógicas que se quer inclusivas? O objetivo geral desta oficina consiste em dialogar sobre práticas pedagógicas importantes e necessárias como estratégias de intervenção para o atendimento educacional do aluno com deficiência visual no ensino regular, tendo em vista, o fortalecimento educacional para inclusão e a construção colaborativa de saberes para que esse público tenha o acesso que de fato deve ter à aprendizagem. Apresentam-se como objetivos específicos: Dialogar sobre a maneira que os alunos com cegueira e baixa visual tem sido atendidos no ensino regular; identificar como o atendimento educacional ao aluno com deficiência visual no ensino regular tem contribuído, ou não, com a adoção de práticas pedagógicas inclusivas; verificar como tem acontecido o desenvolvimento das práticas dos professores nas salas comuns para a efetivação da aprendizagem do aluno com deficiência visual; construir colaborativamente propostas de orientações pedagógicas específicas para a efetivação do atendimento educacional aos alunos com deficiência no ensino regular, com ênfase no acesso ao aprendizado dos conteúdos dos componentes curriculares. O desenvolvimento da oficina será de forma dialógica, construtiva e colaborativa sobre experiências no atendimento educacional dos alunos com deficiência no ensino regular, com a proposição de resolução de situação problema a partir de um estudo de caso, construção e/ou elaboração de um produto ou material adaptado a partir da análise do estudo de caso e de um planejamento de um componente curricular para elaboração de propostas ao atendimento educacional do público com cegueira e baixa visão no ensino regular garantindo a inclusão e resultados significativos na plena formação dos estudantes com deficiência visual. A fundamentação teórica e metodológica desta oficina se ancora em alguns autores, como: Imbernón (2011), Tardif (2014), Pimenta (1997), Baptista (2015), Miranda (2015), dentre outros que contribuem com a temática.
Palavras-chave: Atendimento Educacional. Aprendizagem. Práticas Pedagógicas. Deficiência Visual.
O objetivo desta oficina é capacitar o cursista na criação, identificação e gerenciamento de conteúdos com acessibilidade. Em tempos remotos nos deparamos com uma infodemia, materiais produzidos, com imagens inseridas, com letras utilizadas sem pensar na acessibilidade do conteúdo para todas as pessoas e suas condições, acabam tornando o material inacessível para pessoas com deficiência ou com alguma necessidade específica. Assim tornar o texto legível e acessível é incluir digitalmente a Todos. Esta pesquisa versa sobre a importância da produção de documentos com acessibilidade. Para tanto foi criado um curso sobre produção de documentos com acessibilidade, dentro de uma pesquisa interventiva, para provocar nos profissionais da educação a revisão de suas práticas quanto a produção do material acessível utilizado em suas aulas e em outras ações que demandem o uso de material didático ou similares e consequentemente sua capacitação. Conteúdo do Curso - Visão geral das diretrizes de acessibilidade de conteúdo da web (WCAG); - Conceitos de Acessibilidade; - Conceitos sobre Acessibilidade Atitudinal; - Acessibilidade Programática e Acessibilidade Pedagógica; Tipos de deficiência e a produção de materiais com conteúdo acessível; - Apresentação das ferramentas do Editor de Texto; - Apresentação da construção de textos com acessibilidade; - Apresentação das ferramentas da Apresentação de Slides; - Apresentação da construção de slides com acessibilidade; - Verificação de legibilidade documental; - Ferramentas Assistivas de Apoio; - ABNT Acessível: fontes serifas, texto alternativo, processo para vincular imagem em um documento; - Procedimentos para tornar um documento em pdf acessível; - Salvar um documento em PDF com acessibilidade; - O funcionamento um leitor de texto. Público Alvo Profissionais da educação e produtores de conteúdo na rede. Pré-requisitos para os participantes- Ter conhecimento office básico; Navegação na Internet; Conhecimento básico de pdf.
Palavras-chave: Acessibilidade. Conteúdos. Texto Legível.