Rodas de conversa

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A Escola Especializada E A Medicalização Da Infância Sob Uma Reflexão Crítica: Interfaces Entre Escola, Família E Saúde

Mediadores(as):

Andréa é mulher branca, com cabelos loiros longos. Veste casaco jeans

Andréa Mazzaro Almeida da Silva Santos

IBC

José é homem branco, cabelos loiros curtos, olhos azuis e veste camiseta rosa

José Ferreira da Silva Júnior

IBC

Martha é mulher branca de cabelos ruivos ondulados na altura dos ombros e olhos claros

Martha Moreira

IFF/Fiocruz

Roberto é homem branco de cabelos pretos curtos e sobrancelhas grossas. Veste pólo preta.

Roberto Santoro Almeida

SPRJ

Rossano é homem branco de cabelos e barba grisalhos

Rossano Cabral Lima

UERJ

Resumo:

O modelo de avaliação biopsicossocial vem ganhando força no cenário da educação inclusiva. Práticas que permitam dar espaço a visibilidade das diferenças e a participação dos discentes dentro dos diálogos na comunidade escolar, são implementadas como meios democráticos no calendário de atividades durante o ano letivo. No entanto, ainda percebemos que a conduta inadequada ou a dificuldade de aprendizagem de crianças, no cotidiano escolar, ganham notoriedade, na contemporaneidade, como um problema que, muitas vezes, precisa ser analisado sob a luz do conhecimento e discurso médico/ orgânico, sendo este considerado o saber hegemônico. Não é diferente na escola especializada para deficientes visuais, cujos professores e profissionais da educação precisam utilizar estratégias pedagógicas específicas, para o processo de ensino e aprendizagem entre professor e aluno (a). Os professores, psicólogos, entre outros profissionais, sobrecarregados e preocupados com as inúmeras demandas diferentes apresentadas pelo contexto escolar, podem vir a constatar que suas estratégias pedagógicas e de intervenções são insuficientes. Assim, as dificuldades encontradas pelos profissionais , nos relacionamentos com os estudantes, em sala de aula, ou as dificuldades que os alunos (as) apresentam, na aprendizagem, são direcionadas à família a fim de que ela procure uma resposta para o problema, junto aos profissionais de saúde. O objetivo é que este profissional justifique as impossibilidades de trabalho, em sala de aula. Por meio de laudos, diagnósticos, medicamentos, terapias ( principalmente as cognitivo-comportamentais), entre outras, as famílias buscam explicações que deem nomes às condutas ou às dificuldades encontradas pelas crianças. Essa busca tem como objetivo que o diagnóstico justifique a maneira como a criança se comporta ou que explique a sua dificuldade de aprendizagem, na esperança de que o problema seja, justificado, compreendido ou resolvido. Mas será que endereçar à família para que esta procure junte aos profissionais de saúde uma resposta para o problema irá resolver a dificuldade encontrada pelo estudante? Será que “nomear”, por meio de um diagnóstico, aquilo com que o profissional da educação não sabe lidar é um método eficaz? Qual o papel da família em uma situação em que a criança apresente determinadas dificuldades na escola? Qual o papel dos profissionais de saúde? E finalmente, qual o papel da escola? Objetivo: problematizar a medicalização das condutas inadequadas nas escolas e refletir sobre os respectivos papéis da família, da escola e dos profissionais de saúde, dentro desta perspectiva . Aspectos teóricos. A discussão será baseada pelos postulados teóricos encontrados no referencial teórico, a seguir: Entrelinhas (ORNELLAS; FORNARI, 2016); Medicalização da Infância; Avanço ou retrocesso? (FRANCO; Mendonca, TULESKI, 2020); Medicalização em Psiquiatria (FREITAS, AMARANTES, 2015); Psicologia e ideologia (PATTO, 1987), Por que a psicanálise? (ROUDINESCO, 2000); Metodologia: será realizado um debate, por meio de uma Roda de Conversa, cujos mediadores irão apresentar temas específicos na área da medicalização da infância. A interação entre os mediadores acontecerá por meio da exposição oral do relato de experiência que cada componente trará como disparador do debate, como também, resultados de pesquisas desenvolvidas pelos participantes sobre o tema da medicalização na infância. O debate será mediado por profissionais representantes da área de psicologia escolar, antropologia, pedagogia, psiquiatria na saúde coletiva e psiquiatria clínica psicanalítica.

Palavras-chave: Infância. Conduta. Medicalização. Família. Escola. Saúde.

Estratégias Multiprofissionais Em Diálogo: Reflexões Profissionais Em Prol Da Autonomia Das Pessoas Com Dv E Múltiplas Deficiências

Mediadores(as):

Alessandra é mulher negra, de cabelos pretos ondulados e óculos de armação cinza claro

Alessandra Oliveira

Centro Municipal de Reabilitação Oscar Clark

Flávia é mulher branca, com cabelos castanhos claros longos e olhos castanhos

Flávia Daniela dos Santos Moreira

IBC

Lucélia é mulher branca, de cabelos castanhos encaracolados e óculos de armação vermelha

Lucélia Cardoso Cavalcante

Unifesspa

Ricardo é homem negro, de cabelo rasta preso atrás. Veste pólo vermelha

Ricardo Leão Ribeiro Wanzeller

IBC

Sônia é mulher branca de cabelos ondulados castanhos. Veste camisa xadrez clara

Sônia Regina Gomes da Rocha

IBC

Resumo:

Enquanto tema, a roda de conversa se localiza no campo de estudos da educação, da saúde e da qualidade de vida das pessoas com deficiência visual (DV) e outras deficiências. Pensando nisso, esta proposta tem o seguinte objetivo: discutir, com base no diálogo entre profissionais do IBC e as demais instituições para pessoas com DV e múltiplas deficiências, o agravo das expressões da questão social no que tange a saúde, a qualidade de vida, a comunicação e a proteção social destes sujeitos. Através dos processos de trabalho dos proponentes, sustentada em uma perspectiva crítico-dialética e na tradição de pensamento dos autores do modelo social da pessoa com deficiência, Satow, Amaral e Diniz, serão evidenciadas as estratégias psicopedagógicas e sociais que favoreçam, a partir do paradigma da inclusão, a comunicação, a formação e a valorização da qualidade de vida enquanto respostas para a autonomia das pessoas com DV e múltiplas deficiências, frente ao contexto desafiador da pandemia da COVID -19. Desta forma, os proponentes da roda lançam mão da observação participativa para exporem as estratégias profissionais utilizadas em seus espaços sócio-ocupacionais, no IBC, e assim contrastarem com outras realidades institucionais através de uma interação dialógica com o público presente.

Palavras-chave: Saúde. Qualidade de Vida. Deficiência Visual. Múltipla Deficiência. Social. Comunicação.

Leitura E Escrita Em Braille E O Emprego De Tecnologias Digitais: Desbrailizar Pra Quê?

Mediadores(as):

Anna é mulher branca, de cabelos castanhos longos ondulados nas pontas

Anna Keyla Gonçalves Barbosa

IBC

Bruna é mulher branca, de cabelos pretos lisos e óculos

Bruna Maria Vasconcellos Trindade Bispo

IBC

Fabiana é mulher branca, de cabelos pretos lisos, boca grande. Veste blusa branca

Fabiana Moura Arruda

IBC

Geni é mulher negra, com cabelos crespos pretos. Usa blusa amarela

Geni Pinto Abreu

IBC

Marcele é mulher branca, de cabelos lisos escuros presos atrás. Usa óculos escuros grandes

Marcele Maria Ferreira Lopes

IBC

Paula é uma senhora de pele branca, de cabelos loiros, olhos claros

Paula Márcia Barbosa

IBC

Viviane é mulher negra, de cabelos crespos curtos. Veste blusa florida

Viviane Sarone Cardoso dos Santos

IBC

Resumo:

O Sistema Braille foi criado em 1825 pelo francês Louis Braille e consiste em um código universal formado pela combinação de seis pontos em alto relevo que representam as letras do alfabeto, números, sinais de pontuação e acentuação, entre outros. O braille possibilita às pessoas cegas o acesso ao conhecimento e favorece a independência e o pleno exercício da cidadania desse público (CERQUEIRA, 2009). Ao longo dos últimos anos, no entanto, vem crescendo um movimento denominado “desbrailização”, que nada mais é do que a substituição ou a subutilização do Sistema Braille (BELARMINO, 2001). Com o advento das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), a acessibilidade a conteúdos e conhecimentos diversos por meio da internet tornou a vida de todas as pessoas, com ou sem deficiência visual, muito mais prática (MORAN, 2015). Sendo assim, esta roda de conversa tem por objetivo trazer à reflexão o fato de que as tecnologias, de uma forma ampla, aparentam suprir todas as necessidades do conhecimento, inclusive aquelas relacionadas à alfabetização. O Instituto Benjamin Constant (IBC), mesmo durante a pandemia de COVID-19, empreendeu esforços para que os alunos recebessem apostilas e também manteve a distribuição das revistas em braille – Pontinhos e RBC –, acreditando que, com essas ações, pudesse minimizar os impactos sofridos pela redução do contato com o braille. De acordo com as observações e diagnoses realizadas pelos professores do IBC, a diminuição da vivência cotidiana com o braille trouxe comprometimentos significativos aos alunos, pois mesmo aqueles que liam e escreviam fluentemente em braille, antes da pandemia, regrediram tanto na leitura como no domínio da escrita do sistema. Desse modo, como motivação inicial para a roda de conversa, promoveremos a leitura de uma reportagem específica sobre o tema em foco e, após a exibição dessa reportagem, serão feitas algumas perguntas por parte dos apresentadores, e todos os participantes terão a oportunidade de expressar suas impressões a respeito da temática abordada. Com base no panorama atual, é interessante, portanto, pensar em uma aprendizagem blended, ou seja, híbrida, dentro de um modelo de desenho universal, em que o aprendizado seja amplo, ilimitado e oportunizado de diferentes maneiras (MORAN, 2015). As tecnologias devem, pois, integrar, complementar e não substituir o aprendizado do Sistema Braille. É necessário que esse processo seja rico e, ao mesmo tempo, desafiador para quem aprende e para quem ensina. Em vista disso, não há dúvidas de que o movimento de desbrailização demanda profundas reflexões e discussões.

Palavras-chave: Deficiência Visual. Desbrailização. Leitura e Escrita em Braille. Tecnologia.

O Teatro Como Ferramenta No Atendimento De Pessoas Com Deficiência Visual

Mediadores(as):

Francine é mulher branca, de cabelos grisalhos curtos e nariz largo

Francine Fonteles da Silva

Instituto Corpo Tátil

Marcos é homem pardo, cabelos castanhos curtos, olhos claros e barba

Marcos Victor Meirelles dos Santos

Instituto Corpo Tátil

Marlíria é mulher branca, de cabelos castanhos claros lisos e olhos escuros.

Marlíria Flávia Coelho da Cunha

IBC

Tales é homem branco, cabelos castanhos encaracolados, usa óculos e cavanhaque ralo

Tales da Cunha Santos

Instituto Corpo Tátil

Resumo:

Num momento em que se discute diversidade e acessibilidade, buscar entender a forma como a pessoa com deficiência visual constrói o conhecimento do mundo ao seu redor e expressa este conhecimento no seu cotidiano é primordial em qualquer atendimento. O objetivo é que os participantes da roda de conversa discutam a importância do teatro como ferramenta para interagir com o mundo cego, dar voz e protagonismo as pessoas com deficiência, podendo ser utilizado e enriquecer qualquer atendimento (fonoaudiologia, psicologia, psicomotricidade, etc.). E percebam também que o teatro facilita o desenvolvimento de vivências que permitem a pessoa com deficiência visual se expressar a seu modo, sem necessariamente seguir parâmetros da cultura visual. Para tanto, será utilizada a exemplificação da trajetória de vinte e cinco anos da autora como professora de teatro e seu trabalho a frente de dois grupos de teatros formados especificamente com atores com deficiência visual. O trabalho é embasado na Teoria e Arte Teatral, de Stanislaviski, e no Teatro do Oprimido, de Augusto Boal. O primeiro traz o método da análise ativa, aonde a experimentação, a vivência concreta das situações se faz necessária para a construção de cenas e personagens; o segundo discute, através da prática, a dicotomia opressor x oprimido, tema familiar as pessoas com deficiência visual que vivenciam a opressão em tantos momentos de suas vidas. Durante a conversa, será proposto exercícios de sensibilização individuais e/ou em grupo sobre o tema e que podem ser realizados pelos participantes online e presencialmente. Os exercícios complementarão e fomentarão o debate.

Palavras-chave: Teatro. Protagonismo. Vivência. Opressão. Expressão.

Práticas Pedagógicas Para A Criança De 0 A 4 Anos Com Deficiência Visual

Mediadores(as):

Gabrielle é mulher branca, de cabelos escuros com luzes. Usa blusa preta

Gabrielle de Oliveira Camacho

IBC

Luciana é mulher branca, abelos castanhos encaracolados e óculos retangulares

Luciana Teixeira Bernardo

IBC

Márcia é mulher branca, cabelos pretos lisos e óculos de armação preta

Márcia de Lourdes Carvalho de Oliveira

IBC

Patrícia é mulher branca, cabelos castanhos lisos longos e olhos castanhos

Patrícia de Pinho Gonçalves

IBC

Resumo:

As experiências vividas na infância formam a base do desenvolvimento infantil e são apontadas como “uma janela de oportunidades [...] para o aprendizado, o desenvolvimento, o bem-estar social e emocional das crianças” (UNICEF, 2017). Atualmente, vários estudos retratam a importância de se oportunizar estímulos apropriados para o desenvolvimento global da criança na faixa etária de zero a quatro anos de idade. No caso de crianças com deficiência visual, os estímulos nesse sentido, tornam-se ainda mais necessários para evitar possíveis atrasos secundários à sua condição visual. Portanto, esta roda de conversa tem o propósito de dialogar sobre a importância da estimulação precoce, no viés pedagógico, para o desenvolvimento da criança com deficiência visual na primeira infância, destacando e divulgando ações bem sucedidas promovidas pelo Instituto Benjamin Constant para a sociedade, além de propiciar aos participantes reflexões, subsídios e trocas de experiências referentes às peculiaridades destas crianças. Para tal, será abordado dois subtemas: a importância do brincar para a construção do conhecimento, tendo como referencial teórico Vygotsky (2007) e sua reflexão sobre a importância da cultura (social) para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores: e a relevância da parceria entre o professor estimulador e a família da criança com deficiência visual. Neste ponto, utilizaremos as ideias dos teóricos, Bruno (2001) e Wallon (2006), reforçando aspectos emocionais e afetivos de acolhimento à família da criança. A metodologia utilizada será centrada no diálogo acerca das especificidades da criança com deficiência visual, relatos de experiências derivados da prática pedagógica no Instituto Benjamin Constant e apresentação de recursos audiovisuais, assim como a exposição de materiais confeccionados e/ou adaptados para o desenvolvimento do trabalho com os alunos.

Palavras-chave: Estimulação Precoce. Deficiência Visual. Desenvolvimento Infantil. Práticas Pedagógicas. Brincar.

Reflexões De Experiência Internacional Em Educação De Estudantes Com Deficiência Visual E Múltipla Em Contexto Latinoamericano

Mediadores(as):

Daniel é homem pardo, cabelos escuros pra trás e cavanhaque preto. Veste cachecol e casaco de frio

Daniel Martínez Gámez

Secretaría de Educación de Sonora - México

Ivan é homem branco, careca, olhos castanhos e barba fechada

Ivan Finamore Araújo

IBC

Ornella é mulher branca de cabelos castanhos lisos longos

Ornella Emilce Mutti

Escuela Helen Keller

Resumo:

Nas últimas décadas, se observa mudança no perfil dos alunos no Instituto Benjamin Constant (IBC), além disso nota-se o surgimento de programas e na organização para atender as demandas dos alunos com necessidades educacionais para além da deficiência visual tanto no IBC quanto em outras instituições ao redor do mundo, em razão dos sucessos das políticas internacionais de inclusão e do advento da medicina neonatal que vem proporcionando redução da morbidade e mortalidade materna e perinatal. Durante a experiência que os PROPONENTES tiveram no Programa de Liderança Educacional (Educational Leadership Program - ELP) oferecido pela Perkins International, um programa de capacitação de professores e especialistas que atuem na área da deficiência visual, deficiência múltipla e Surdocegueira, foi possível observar similaridades entre as mudanças do público atendido pelas instituições educacionais na área da deficiência visual. Encontra-se na capacitação oferecida pela Perkins, através de proposta contextualizada à realidade dos países dos PROPONENTES que respondem às demandas educativas dos estudantes com deficiência múltipla e Surdocegueira. A presente proposta de Roda de Conversa busca apresentar os aspectos educacionais para estudantes com deficiência múltipla e Surdocegueira que tem como fundamentos o trabalho com as famílias, desde um planejamento centrado no estudante, em uma concepção que considera o sujeito integral, na qual, saúde e educação se fusionam para atingir aos objetivos de uma proposta interdisciplinar e um enfoque baseado na comunicação. A metodologia da presente proposta de Roda de Conversa se dará por apresentação expositiva das ideias, fazendo-se uso de apresentação de imagens, gráficos e vídeos, além de designar um momento para fala dos congressistas participantes e de uso de quadro virtual para possibilitar uma maior participação de todos.

Palavras-chave: Educação Especial. Deficiência Múltipla. Famílias. Comunicação. Abordagem Integral.

(Re)Pensando O Processo De Revisão De Textos Em Braille No Brasil: Desafios E Perspectivas

Mediadores(as):

Héverton é homem branco, sem cabelos, com óculos escuros. Veste camiseta branca

Héverton de Souza Bezerra da Silva

IBC

Maria Luiza é mulher branca, de cabelos lisos escuros. Veste blusa escura com bolinhas claras.

Maria Luzia do Livramento

IBC

Raquel é mulher branca, cabelos castanhos claros longos e usa óculos escuros

Rachel Maria Campos Menezes de Moraes

IBC

Resumo:

Esta roda de conversa propõe algumas reflexões sobre a revisão de textos no Sistema Braille, etapa extremamente importante para a boa qualidade dos textos neste formato que chegam às mãos de alunos e professores. A roda tem como objetivo reunir profissionais que trabalhem com revisão em braille nos diferentes locais do país, para um debate mediado sobre as diferentes realidades a respeito da revisão de textos em braile Brasil afora. Poderão participar também profissionais interessados no tema, mas que não atuem diretamente na área. Trataremos das diversas etapas do processo de revisão: primeira revisão ou revisão de confronto (revisão feita por um revisor e um transcritor) e segunda revisão ou revisão silenciosa (em que, com a obra prestes a ser finalizada, o revisor se aterá a detalhes que passaram despercebidos na primeira revisão). Abordaremos ainda a experiência do curso técnico em revisão de textos no Sistema Braille, oferecido pelo Instituto Benjamin Constant (IBC) em três anos, a partir de 2019, que tem por objetivo formar profissionais na área da revisão de textos em braille, com vistas a prováveis contratações destes profissionais por estabelecimentos que ofereçam quaisquer serviços em braille. Haverá também depoimento de revisores que trabalham no IBC e que compartilharão com os participantes suas experiências cotidianas a respeito da revisão de textos em braille. Os documentos que embasam o tema de discussão proposto são as diversas grafias e códigos que definem as normas de utilização do Sistema Braille: “Grafia Braille para Língua Portuguesa”, “Normas Técnicas para Produção de Textos em Braille”, “Código Matemático Unificado” (CMU), “Grafia Química Braille”, “Grafia Braille para Informática”, “Estenografia Braille para Língua Portuguesa” e “Manual Internacional de Musicografia Braille”. Como metodologia, procuraremos ouvir e acolher os inscritos para saber como ocorre a revisão de textos no Sistema Braille em seus locais de origem, buscando a troca de experiências que será mediada a partir de nossas vivências no Instituto a respeito deste trabalho tão importante, mas sempre levando em consideração as diferentes estratégias trazidas pelos participantes a partir dos desafios que se apresentam a eles em seus cotidianos.

Palavras-chave: Revisão de Textos em Braile. Sistema Braille. Troca de Experiências.

Vozes Da Formação De Professores: Deficiência Visual E Inclusão

Mediadores(as):

Bianca é mulher branca, com cabelos curtos encaracolados castanhos. Usa brincos de argola

Bianca Della Líbera

IBC

Elise é mulher branca, com cabelos curtos grisalhos e usa óculos

Elise de Melo Borba Ferreira

IBC

Jeane é mulher branca, com cabelos ondulados grisalhos e usa óculos

Jeane Gameiro Miragaya

IBC

Resumo:

Entre as principais e essenciais iniciativas para se efetivar a inclusão dos alunos com deficiência nas escolas, destacamos a formação dos professores para atuarem no campo da diversidade. Ao nos debruçarmos sobre as pesquisas na área da formação docente, se verifica o quanto as formações, tanto inicial quanto continuada de professores para atuarem em contextos inclusivos, ainda são precárias para atender, de forma satisfatória, a demanda crescente de alunos com DV nos diferentes níveis e segmentos escolares. Dessa forma, percebe-se o quanto ainda se faz necessário um trabalho efetivo de sensibilização e capacitação de profissionais da Educação, notadamente por parte de instituições comprometidas com a inclusão das pessoas com necessidades educacionais específicas. Por essas razões, justifica-se a elaboração de projetos, como o aqui apresentado, que ampliem, melhorem e inovem o atendimento desse alunado, nesse caso, por meio de debates e discussões entre os que vivem esta realidade e demais interessados no tema. Dessa forma, nessa roda de conversa pretende-se dialogar sobre a formação continuada ouvindo os participantes em suas experiências pessoais e profissionais, visando trocas horizontais de saberes e reflexões norteadores de caminhos para propostas que preencham lacunas das formações docentes nas diferentes regiões e realidades do país. Servindo de eixo condutor para as discussões, teremos ainda a ação do IBC nesta seara, uma vez que a Instituição colabora há anos, e de maneira sistemática, na implementação dessa política no Brasil, dando suporte a instituições em estados e municípios com ações de formação continuada na temática da deficiência visual, promovendo cursos com característica extensionista em diferentes modalidades e, recentemente, de pós-graduação, lato sensu e stricto sensu. Nesse sentido, a roda também nos oportunizará refletir, ainda que a partir de um recorte específico, sobre o alcance e o impacto da ação do IBC no que diz respeito à formação de professores, além de permitir que as ações da instituição neste sentido sejam divulgadas.

Palavras-chave: Deficiência Visual. Formação de Professores. Inclusão.

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